JUROS - Taxa Selic é mantida em 2% ao ano

29 de outubro de 2020
Contabeis

A meta para a taxa básica de juros, Selic, foi mantida em seu piso histórico de 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em decisão anunciada na noite desta quarta-feira, 28, patamar tocado pela primeira vez em 5 de agosto.

Dessa forma, o Brasil segue com a taxa de referência mais baixa desde 1999, quando o nível de preços no país passou a ser controlado pelo regime de metas de inflação.

A decisão foi unânime e veio em linha com as estimativas de 76 instituições financeiras. Todas esperavam pela manutenção da Selic em 2% e também acreditam que a taxa deve ser repetida na reunião de dezembro do Copom, a última deste ano.

No comunicado, o Copom diz que reconhece que espaço remanescente para uso da política monetária, se houver, deve ser pequeno e demonstra maior preocupação com o risco fiscal levar a uma aceleração da inflação.

"O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária", diz o Copom, em comunicado.

O comunicado destaca ainda o fato de as que os indicadores mais recentes de inflação ficaram acima do esperado e, por isso, o Copom elevou sua projeção para os últimos meses de 2020.

Segundo o Copom, a revisão para cima das suas expectativas de inflação são decorrentes da contínua alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, consequência da depreciação persistente do real, da elevação de preço das commodities e dos programas de transferência de renda.

"Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", informa o comunicado.

Desde agosto o Banco Central vem sinalizando em sua comunicação que não pretende retirar estímulos da economia até que as expectativas de inflação se aproximem da meta e o comunicado do Copom na decisão de hoje voltou a reforçar o recado.

Contudo, o comunicado de hoje retirou o seguinte trecho que constava no documento anterior: "eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal", fechando a pequena fresta deixada na decisão anterior de qualquer possibilidade de novo corte.

Alta na Selic

Pesquisa da XP Investimentos com gestores de fundos multimercados macro mostra que 65,6% dos ouvidos acreditam em alta da Selic entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021.

A revisão da perspectiva para a Selic de 2021 para cima é uma resposta do mercado à aceleração prevista para a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), na esteira dos saltos no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), muito usado para reajuste de contratos de aluguel.

A meta de inflação oficial perseguida pelo Banco Central é de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A medição mais recente feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a inflação prévia até outubro, do IPCA-15, está em 2,31% ao ano e de 3,52% em 12 meses. O Boletim Focus mostrou que a expectativa para o IPCA deste ano subiu de 2,65% para 2,99%, na 11ª correção semanal para cima na projeção. Para 2021, a projeção subiu de 3,02% para 3,10%.

Compartilhe nas redes sociais
Facebook Twitter Linkedin
Voltar para a listagem de notícias

Vamos Conversar? Caso tenha alguma dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato!

Entre em contato conosco para esclarecer suas dúvidas, solicitar suporte, resolver problemas ou dar sugestões. Veja todas as opções de contato disponíveis.

Preencha corretamente o nosso formulário de contato.

Rua João Gurgel - 2247 - Centro

Araraquara / SP - CEP: 12345-000

Contato

(16)3332-6280

E-mail

contato@escritoriopadrao.cnt.br

Sitecontabil © 2020 - 2024 | Todos os direitos reservados